Amigas, gratidão e bla bla bla

Para
Claudias, Lucy, Fabia, Rosa, Nadir, Angela, Natasha, Bia, Carla, e tantas e muitas outras….


Aproveitei o silencio da minha alma para escrever.
Depois dos cinquenta descobri que ter amigas é o que de melhor pode nos acontecer nessa fase da vida, amigas que não competem, que estão disponíveis, que entendem essa fase quase bipolar da menopausa. Que não te julgam, pois sabem que a capacidade de fazermos cagadas não se esgota com a idade. Decidi comemorar meu aniversario no ultimo janeiro, pois queria marcar o  inicio de uma nova fase, onde a tão sonhada liberdade viria. O que fazer com a liberdade quando se tem dor nos joelhos? Quando a ressaca de dois copos de vinho te fazem pensar na terminalidade da vida? Descobri que não era bem a tal liberdade que eu queria celebrar e sim o fato de ter com quem comemorar,  sim eu finalmente tinha poucas e maravilhosas amigas. Amigas como a Rosa que me acorda logo cedo com mensagens no whatsapp contando como será o seu dia de maratona nos bloquinhos de carnaval em Sao Paulo, amigas como as Claudias Alencar e Brasca que acordam preocupadas se meu menino dormiu bem, amiga como a Fabia que tem sido uma mãe para o meu pequeno grande homem. 
Não foi sempre assim, teve um tempo que ter uma mulher por perto era uma ameaça, em parte por causa da relação complicada que tive com minha mãe, não, o problema não era apenas  ela, mas a minha imaturidade que impedia de enxergar o seu amor por mim e entender e reconhecer aquela forma de amar. Ah como lamentei o fato de meus filhos crescerem sem uma avó por perto, (ela faleceu quando meu primeiro filho nasceu),  eu queria reconhecer-me no colo da minha mãe através dos meus filhos, como se eu desse uma segunda chance para ela e para mim. Não terá uma segunda chance, não do jeito que imaginei.Concluo então que a celebração nasceu da minha alegria de ter mudado de ter me cercado de uma tribo, de uma rede de amor, de mulheres dispostas a se doarem umas as outras.

Onde eu sou fraca, nelas sou forte. 
Este texto é uma expressão de gratidão a essas mulheres que simplesmente por serem quem são e do jeito que são me deram coragem para estar aqui hoje, sem elas jamais teria tomado essa atitude de vir construir uma nova relação com meu marido, de um jeito maduro, tranquilo e sereno.

Aos meus filhos todo o meu amor, a elas todo afeto, toda empatia, toda a bênção advinda do reconhecimento da força que se tem quando nos preenchemos do amor que existe entre mulheres. 

Amigas, janelas de  olhar pra dentro.

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